A audiência de conciliação entre o Metrô e seus funcionários, que ocorreu hoje (04/06), no Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo, terminou sem acordo. Agora, uma possível greve no sistema é esperada, e deve acontecer amanhã, segundo programação feita pelos metroviários.
Tentando evitar o cenário de caos que se aproximava, o Metrô aumentou a proposta oferecida, para reajuste salarial dos trabalhadores, mas os metroviários mantiveram sua pedida de “dois dígitos”, para a categoria. A proposta do Governo chegou a 8,7% de reajuste, frente os 7,8% oferecidos, anteriormente.
Mesmo com a proposta sendo levada para a assembleia da categoria, ainda hoje, a afirmação do presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo Prazeres Junior, é de que o novo acordo oferecido será rechaçado. A desculpa para a pedida de dois dígitos, segundo Altino, se justifica, por exemplo, na inflação. “(…)este é o mundo real. A inflação dos alimentos em São Paulo, e da inflação geral, é muito acima disso (o reajuste oferecido)”.
O Metrô ainda tentou chegar a um acordo, por meio do aumento de benefícios, como os vales refeição e alimentação, alegando que, juntos, os ajustes excederiam a casa dos 10%, exigida pelos funcionários, mas a proposta também foi negada.
Para o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, o risco de greve existe e seria preocupante, mas ele afirma que a companhia não tem, hoje, condições de oferecer o aumento pedido. “Não temos como pagar. Simplesmente, a tarifa está congelada há dois anos.” Pacheco ainda afirmou que o Metrô possuí um plano de contingência, para esses casos, visando a operação do sistema, sem prejudicar o usuário, mas que confia num acerto, sem greves, brevemente. “confiamos que ao sindicato, hoje, na sua assembleia, possa refletir bem sobre nossa proposta,sobre os transtornos que trará para toda a cidade de São Paulo, ainda mais próximo de um período de Copa”, disse o presidente.
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