Se, por um lado, as operações de cunho societário influenciam bem no valor de uma ação, por outro, toda e qualquer informação que esteja ligada ao direito societário ainda passa longe de ser encarada como ferramenta útil e bem aproveitada em análises. Num cenário em que toda a abordagem fundamentalista procura analisar a empresa/companhia, como um todo, o direito societário acaba sendo deixado de lado, e não deveria, já que várias operações societárias influenciam, diretamente, no preço das ações. Para citar algumas, podemos destacar as incorporações, o fechamento de capital, a troca de controle acionário, cisões, o aumento do capital e outras tantas…
Notas explicativas e pareceres de orientação, bem como a lei societária, amparam essas transações, que podem ser chamadas de tudo, menos raras, uma vez que saltam negócios do tipo, nos noticiários afora.
Só podemos entender isso como sendo, nada menos do que descaso, direcionado para o direito societário, por parte de gestores e analistas, em geral. Economistas, engenheiros, administradores e a maioria dos profissionais têm em suas formações a explicação básica para esse distanciamento. Quanto mais os aspectos quantitativos forem valorizados, mais abordagens diferentes serão oprimidas. Nem mesmo os principais certificados concedidos à profissionais de finanças e investimentos, têm a preocupação de abordar o tema, o que faz com que, uma área importante do conhecimento, crucial para a boa avaliação das companhias, continue deixada de lado.
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